quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Marketing e genéricos reduzem ganhos e levam Glaxo a demitir

Nova York - A companhia farmacêutica britânica GlaxoSmithKline informou, após anunciar queda de 7,1% no lucro líquido do quarto trimestre de 2008, que vai cortar mais empregos e custos. O lucro líquido da empresa no trimestre foi de 982 milhões de libras (US$ 1,43 bilhão), em comparação com 1,06 bilhão de libras no mesmo período do ano anterior.

A GlaxoSmithKline teve 517 milhões de libras em despesas legais no trimestre, parcialmente relacionadas a uma investigação federal sobre as práticas de marketing da companhia nos EUA. A concorrência no mercado de genéricos também afetou negativamente o resultado.

As vendas da companhia no trimestre, por outro lado, subiram 15,7%, para 6,91 bilhões de libras (US$ 10,1 bilhões), de 5,97 bilhões de libras um ano antes, ajudadas pelo enfraquecimento da libra ante várias outras moedas. O executivo-chefe da GlaxoSmithKline, Andrew Witty, afirmou que a empresa vai acelerar o programa de corte de custos que já eliminou 8,7 mil empregos durante os últimos 18 meses, ou cerca de 8% da força de trabalho da companhia.

Witty não disse quantos empregos adicionais serão eliminados, argumentando que a empresa quer informar primeiro os empregados e sindicatos. Analistas dizem que mais milhares de vagas podem ser cortadas. Witty reiterou que a empresa não está em busca de uma grande aquisição como a da Pfizer, que comprou a Wyeth por US$ 68 bilhões.

Em vez de grandes acordos, a GlaxoSmithKline vai continuar procurando aquisições de, e alianças com, pequenas empresas de biotecnologia ou laboratórios acadêmicos, segundo o executivo. Witty afirmou que também está estudando pequenas aquisições para impulsionar os negócios da companhia em mercados emergentes e na área de remédios vendidos sem prescrição médica.

Em um movimento surpresa, a GlaxoSmithKline não forneceu projeções para os lucros deste ano, dizendo que não vai mais fazer "estimativas numéricas de curto prazo para os ganhos". Witty afirmou querer que os administradores e investidores se concentrem no desempenho da companhia no longo prazo. A decisão da GlaxoSmithKline se segue a reações negativas do mercado nos últimos dias às previsões feitas pelas farmacêuticas Roche Holding, Novartis e AstraZeneca.

05/02/2009 - 17:02 Fonte: Monitor Mercantil

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