domingo, 12 de julho de 2009

Quem gosta de cerveja deve ter cuidado com a gota, diz médico


Este não é um alerta contra o desperdício ou mesmo um lembrete de boas maneiras. Estamos falando do fato de que aqueles que bebem cerveja, regularmente, têm um risco maior de apresentar uma doença chamada gota.

O fato era conhecido dos médicos, que já alertavam seus pacientes com o diagnóstico da doença a evitar as bebidas alcoólicas, principalmente a cerveja. A novidade está na quantificação do risco que corre o bebedor contumaz de cerveja de desenvolver a gota. Segundo pesquisadores do Massachussets General Hospital, quem bebe duas ou mais doses de cerveja por dia aumenta em duas vezes e meia o risco de sofrer da doença. Já os bebedores de outras bebidas alcoólicas têm o seu risco aumentado em uma vez e meia. Para chegar a essa conclusão, foram acompanhados mais de 47 mil homens durante doze anos de estudo.

A gota é a doença causada pelo excesso de ácido úrico no sangue, que pode levar ao depósito desse ácido nas articulações e também à formação de cálculos renais, entre outros problemas.

O ácido úrico se forma no organismo por conta do metabolismo das proteínas, especificamente de um tipo de molécula orgânica, as purinas. Alguns alimentos são mais ricos em purinas, como os frutos do mar, algumas leguminosas, além de carne vermelha e miúdos.

A gota pode ser tratada com medicamentos, que reduzem a quantidade do ácido úrico na sangue e dieta, além do uso de antiinflamatórios para tratar a inflamação das articulações e diminuir a dor.



Luis Fernando Correia
Especial para o G1 - Saúde em Foco

Pesquisa ajuda a mapear origens genéticas da esquizofrenia

A esquizofrenia atinge de 0,5% a 1% da população e sempre apresentou um padrão de disseminação familiar. Esse padrão motivava os cientistas a buscar uma alteração genética por trás dessa doença. A pesquisa coordenada por especialistas da Universidade Stanford, na Califórnia, descobriu que não existia somente um gene responsável pela doença.

Os cientistas mostraram que várias alterações em regiões do cromossomo de número 6 devem estar associadas à ocorrência do problema psiquiátrico. O material genético estudado foi conseguido em amostras de estudos genéticos anteriores e de um Consórcio Internacional de Esquizofrenia e bases de dados genéticos.

Na mesma edição da revista estão publicados outros dois artigos estudando a relação entre alterações no genoma e doenças psiquiátricas. Reforçando os achados da pesquisa californiana, uma revisão envolvendo 30 mil pessoas observou uma relação significativa entre alterações do cromossomo 6 e a esquizofrenia. Os pesquisadores acreditam que, combinadas as alterações genéticas respondem por pelo menos um terço das causas da doença.

Um achado interessante do estudo genético foi a descoberta de que pacientes psiquiátricos com distúrbio bipolar compartilham os mesmos padrões de alterações genéticas. Essa descoberta pode significar que as duas doenças podem estar ligadas de alguma forma.

Luis Fernando Correia
Especial para o G1