domingo, 12 de julho de 2009

Pesquisa ajuda a mapear origens genéticas da esquizofrenia

A esquizofrenia atinge de 0,5% a 1% da população e sempre apresentou um padrão de disseminação familiar. Esse padrão motivava os cientistas a buscar uma alteração genética por trás dessa doença. A pesquisa coordenada por especialistas da Universidade Stanford, na Califórnia, descobriu que não existia somente um gene responsável pela doença.

Os cientistas mostraram que várias alterações em regiões do cromossomo de número 6 devem estar associadas à ocorrência do problema psiquiátrico. O material genético estudado foi conseguido em amostras de estudos genéticos anteriores e de um Consórcio Internacional de Esquizofrenia e bases de dados genéticos.

Na mesma edição da revista estão publicados outros dois artigos estudando a relação entre alterações no genoma e doenças psiquiátricas. Reforçando os achados da pesquisa californiana, uma revisão envolvendo 30 mil pessoas observou uma relação significativa entre alterações do cromossomo 6 e a esquizofrenia. Os pesquisadores acreditam que, combinadas as alterações genéticas respondem por pelo menos um terço das causas da doença.

Um achado interessante do estudo genético foi a descoberta de que pacientes psiquiátricos com distúrbio bipolar compartilham os mesmos padrões de alterações genéticas. Essa descoberta pode significar que as duas doenças podem estar ligadas de alguma forma.

Luis Fernando Correia
Especial para o G1

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