sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Tibolona aumenta risco de recorrência de cancro da mama

Descobertas de um estudo, publicadas na "The Lancet Oncology", demonstraram que a utilização de tibolona, um fármaco para o tratamento de substituição hormonal, em pacientes com cancro da mama que têm sintomas vasomotores resultou num aumento de 40 por cento do risco de recorrência do cancro, em comparação com as pacientes que receberam placebo.

O estudo, que foi terminado seis meses antes do previsto devido ao risco elevado, envolveu 3098 mulheres, com sintomas vasomotores que se submeteram a tratamento cirúrgico para o cancro da mama, que receberam aleatoriamente uma dose diária de tibolona ou de placebo.

Após um seguimento médio de 3,1 anos, os dados indicaram que as mulheres que receberam tibolona apresentaram um aumento de 15,2 por cento na recorrência do cancro, em comparação com um aumento de 10,7 por cento naquelas que receberam placebo.

Contudo, os investigadores referiram que os sintomas vasomotores e a densidade mineral óssea melhoraram significativamente no grupo que recebeu tibolona, em comparação com as que receberam placebo.

O investigador principal, o Dr. Peter Kenemans, e colegas referiram que muitas pacientes com cancro da mama utilizam actualmente a tibolona para os sintomas da menopausa, mas os resultados do ensaio demonstram que os médicos não devem prescrever o medicamento a sobreviventes de cancro.

A tibolona, que é comercializada como Clitax, Goldar, Livial, Tibolona Teva (genérico) ou Ulcinil, pertence ao grupo de medicamentos denominados de Terapêutica Hormonal de Substituição (THS). O fármaco está indicado para o alívio dos sintomas resultantes da menopausa (natural ou cirúrgica) e para a prevenção e tratamento da osteoporose pós-menopáusica (enfraquecimento dos ossos).

Na menopausa (ou após um cirurgia para remoção dos ovários) o organismo feminino pára de produzir estrogénio, a hormona feminina. Podem então surgir nas mulheres certas queixas, tais como afrontamentos, suores nocturnos, irritação vaginal, depressão e desejo sexual diminuído. A deficiência em hormonas sexuais pode também causar a rarefacção dos ossos (osteoporose).

Publicado: 20 de Fevereiro de 2009 (Farmacia.com.pt)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Atualmente, um em cada dez remédios pode ser falso

VIENA - Um em cada dez remédios pode ser falso hoje em dia por causa do aumento do negócio ilegal deste comércio cujo volume alcançará US$ 75 bilhões no próximo ano.

Este valor representa um aumento de 90% em relação a 2005, alertou nesta quinta-feira, 19, em Viena a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife).

Em seu Relatório Anual sobre as Drogas apresentado em Viena, a entidade da ONU responsável por garantir o cumprimento dos tratados internacionais sobre entorpecentes lança uma advertência sobre a expansão das farmácias pela internet, que fornecem remédios sem receitas e que em muitos casos entregam ao consumidor produtos falsos.

No mundo todo, até um de cada dez remédios é falso, um número que na África pode chegar a um terço, informam os especialistas internacionais.

"Estas farmácias 'enganosas' estão fomentando o abuso de drogas nos grupos vulneráveis", afirmou a Jife.

Para poder enfrentar esta situação, a entidade pediu aos Governos que não deixem vácuos jurídicos e que regulamentem de forma clara a situação destes sites, apesar de reconhecerem que apenas com uma ação em escala internacional poderá enfrentar o desafio.

Os especialistas da Jife, entidade autônoma do sistema das Nações Unidas, também alertam que cada vez é mais difícil distinguir as substâncias legais das ilegais, pois os "avanços da tecnologia permitem realizar pequenas mudanças na estrutura molecular das substâncias".

Desta forma aconteceu um auge das drogas sintéticas, cujos componentes e precursores são muito difíceis de detectar e variam com grande rapidez.

Fonte: Estadão.com.br
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Bebês diabéticos precisam de nutrição especial?


Bebês e crianças muito pequenas, quando são diagnosticadas diabéticas, tornam-se uma fonte maior de preocupação para os pais. Além dos cuidados normais que os bebês necessitam, ter de ficar atento ao comportamento da glicemia de um pequeno ser que não pode se expressar é, com certeza, fonte de grande estresse principalmente para a mãe. Há algumas diferenças na alimentação e nos cuidados gerais, mas logo a mãe vai perceber que cuidar de um bebê diabético não é um bicho-de-sete-cabeças, como ensina a nutricionista Érica Lopes, da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad).

Érica Lopes – “Depois do choque inicial, a mãe vai perceber que é possível lidar com a situação até com certa tranqüilidade. É certo que ela vai ter um pouco mais de trabalho, porque vai precisar fazer os testes de glicemia na criança com bastante freqüência. Com o tempo, porém, tudo vai entrando nos eixos.
Quando o bebê ainda é alimentado apenas com leite materno, é necessário reduzir o intervalo entre as mamadas e, antes, medir a glicemia. Assim, se a criança mamava a cada três horas, terá de passar a um intervalo de duas horas. Aos seis meses, o bebê começa a receber uma papa salgada. Essa papa deve ser amassada com garfo, não passada em liquidificador. Isso porque, além de ajudar no começo da dentição, a papa amassada demora um pouco mais para ser absorvida, o que auxilia também no controle da glicemia. Esse mesmo procedimento deve ser seguido quando o bebê começa a ter duas refeições com papa salgada, o que normalmente ocorre no sétimo mês.

Algumas mães têm receio de introduzir a papa salgada para o bebê diabético, mas é importante que ele comece a receber também carboidratos vindos da batata ou do macarrão, para não comprometer seu desenvolvimento.
Quando os dentinhos começam a aparecer, o bebê diabético, como todos os bebês em geral, precisa começar a receber alimentos em pedaços. Os pedaços de legumes devem ser bem pequenos e a carne deve ser moída. Depois de um tempo, ela pode ser oferecida desfiada.

O acompanhamento da glicemia deve ser um procedimento constante também quando a criança começa a engatinhar e andar. Nessa fase, ela começa a gastar energia e é preciso saber se as quantidades de alimentos estão sendo adequadas, o que só é possível verificar com os testes de ponta de dedo.
Quando o resultado dos testes indicar que a criança está com hipoglicemia, o aconselhável é dar uma mamadeira com água e açúcar e, depois de 15 minutos, medir novamente para ver se a situação se normalizou. A medida deve ser um copo de água para uma colher de sopa de açúcar.

O ideal, para todos e também para a criança diabética, é alimentar-se de produtos naturais. Esporadicamente e numa situação emergencial a mãe pode oferecer à criança alimentos prontos. No caso de sobremesas prontas, mesmo aquelas específicas para bebês, o açúcar costuma ser um dos ingredientes e, portanto, elas devem ser utilizadas com cautela.”

Entrevista com a nutricionista Érica Lopes, da Anad - 13 de Fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Conheça um pouco sobre o Frevo


O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha e do maxixe. Surgido no Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.

A Capoeira é uma luta que influenciou diretamente as origens do Frevo.Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas.

A dança do frevo pode ser de duas formas, quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.

Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganha características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.

Genérico ajuda a derrubar preço de remédio de marca, diz pesquisadora


São Paulo - Estudo da professora de Gestão de Políticas Pública Marislei Nishijima, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP/Leste), na capital paulista, constatou que a entrada dos remédios genéricos no mercado derrubou os preços dos medicamentos de marca nas farmácias, segundo informações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Segundo a pesquisa, essa queda de preços está associada à credibilidade dos genéricos.

Ao analisar o período de 1998 a 2002, Marislei verificou que a entrada dos genéricos no mercado brasileiro aconteceu efetivamente a partir de fevereiro de 2000, quando foram estabelecidos controles com testes de bioequivalência e o governo federal investiu em campanhas publicitárias. Apesar das informações do controle de qualidade do genérico, a autora da pesquisa destaca que esses medicamentos passam uma única vez pelo teste de bioequivalência - para entrar no mercado. Segundo Marislei, seria interessante o controle periódico para evitar "problemas de perda de credibilidade por parte dos consumidores, que poderiam inviabilizar a política de genéricos no futuro"

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Teva aumenta lucro anual 22%


A Teva, companhia considerada líder mundial no mercado de medicamentos genéricos, registou um aumento de 22% no lucro de 2008, com resultados recorde no quarto trimestre de 2008, segundo números do laboratório israelita divulgados esta terça-feira.

O lucro líquido anual ascendeu a 2,37 mil milhões de dólares, sem incluir elementos relacionados com aquisições nos EUA. Por seu lado, o volume de negócios aumentou 18%, até aos 11,1 mil milhões de dólares (cerca de 8,8 mil M€).

Para o quarto trimestre, a empresa refere um resultado líquido de 634 milhões de dólares (mais de 500 milhões de euros), montante que compara com 570 milhões de dólares apurados em igual período do ano anterior.

Porém, tendo em conta o esforço de 7,4 mil milhões de dólares para a aquisição da norte-americana Barr Pharmaceutical, os resultados trimestrais saíram negativos, contabilizando perdas de 688 milhões de dólares. Considerando a compra da Barr, o lucro anual foi inferior a 640 milhões de dólares.

As vendas ajudaram ao desempenho trimestral ao crescer 11%, para os 2,85 mil milhões de dólares entre Outubro e Dezembro de 2008.

terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009
Fonte: Diário Digital

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Indústria farmacêutica deverá avisar sobre reações adversas

A indústria farmacêutica será obrigada a desenvolver ações para detectar, investigar e notificar reações adversas e outros problemas relacionados ao uso de medicamentos no País. Atualmente, essa atividade é exercida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que eventualmente recebe informações repassadas pelo setor. "Agora, isso também será um dever das indústrias. E o descumprimento será passível de punições", afirmou Dirceu Barbano, diretor da ANVISA.

Uma resolução com o novo formato da farmacovigilância foi publicada anteontem (11/02). A indústria terá um ano para se adequar às novas regras. Até lá, o setor terá que implantar uma estrutura para acompanhar as atividades. A ANVISA também criará um sistema para receber as informações. Entre as exigências está o envio de um relatório periódico com informações básicas sobre os medicamentos. A partir de dados coletados nos serviços de atendimento ao consumidor, relatos de médicos ou profissionais que fazem propaganda nas clínicas, empresas terão que realizar investigações de eventuais problemas, seja interação de medicamentos, efeitos colaterais, falta de efetividade das drogas, intoxicações, erros de medicação ou uso abusivo.

“Até agora, a atividade de farmacovigilância era um pouco passiva. Dependíamos de relatos feitos por usuários, profissionais de saúde ou de empresas para a ANVISA, mas sempre de forma espontânea", afirma Dirceu. Para ele, as empresas são o local ideal para a coleta das primeiras informações sobre problemas. O presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Gabriel Tannus, considera difícil que fabricantes escondam resultados indesejáveis. "Não há como esconder uma reação adversa por muito tempo. Isso só prejudicaria a empresa, ainda mais diante das penalidades”.

As informações são do O Estado de S.Paulo (13/02/2009).

Vinho ou suco de uva?


O professor Protásio Lemos da Luz , do Instituto do Coração ( INCOR ) de São Paulo , vêm se dedicando de forma brilhante a pesquisa da aterosclerose , processo em que há o desenvolvimento de placas de gordura ( ateromas ) na parede dos vasos. A aterosclerose é a responsável pela maioria dos casos de infarto do miocárdio ( ataque cardíaco ) e dos derrames cerebrais.

Em uma pesquisa , conduzida pelo professor Protásio , observou-se que após uma dieta rica em colesterol , coelhos apresentavam uma redução do processo de aterosclerose , quando o vinho era incorporado a ingesta destes animais. Em seguida , o professor Protásio realizou uma nova pesquisa , desta vez em seres humanos , portadores de colesterol elevado no sangue. ]

Esses voluntários ingeriam vinho ( 250 ml ao dia ) ou suco de uva comercial ( 500 ml ao dia ) por 15 dias. Observou-se que a reatividade dos vasos sangüíneos , melhorava nestes voluntários , tanto com o vinho como com o suco de uva. Os achados, sugerem que os flavanóides da casca da uva , encontrados tanto no vinho como no suco da uva , seriam os responsáveis por tais bebefícios.

Acredita-se que os benefícios do vinho tinto para a saúde cardiovascular , possam ser explicados por alguns mecanismos , como a elevação do colesterol bom ( HDL colesterol ) , diminuição da agregação das plaquetas no sangue , inibição da produção da endotelina ( elemento que diminui o calibre dos vasos ) , melhoria da função endotelial e reatividade dos vasos , causando uma dilatação destes.

Embora diversos estudos apontem para uma relação inversa, entre o consumo moderado e regular de bebidas alcoólicas e o risco de um infarto do miocárdio , este hábito não deve ser estimulado com uma medida de prevenção cardiovascular. Lembramos ainda que , os estudos realizados pelo professor Protásio , feitos com o suco de uva , outra bebida rica em flavanóides , também demostraram efeitos benéficos sobre o processo de aterosclerose .

Fonte: Portal do Coração

Balão intra-gástrico é uma opção para o emagrecimento


Tratar dos problemas em decorrência da obesidade é um dos maiores desafios da medicina nos últimos anos. Como alternativa a já conhecida cirurgia bariátrica, em que o paciente é submetido a uma redução do estômago por meio de internação, médicos brasileiros passam a fazer uso do balão gástrico, que dispensa a intervenção cirúrgica no tratamento da obesidade.

De acordo com o médico pernambucano Gustavo Carvalho, um dos responsáveis pela adoção da técnica no Brasil, o balão gástrico possibilita que pessoas que não tenham Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 possa emagrecer rapidamente sem a necessidade de cirurgia."O balão pode ser utilizado nas pessoas que necessitam perder peso qualquer que seja o motivo. Pode ser por saúde, quando a obesidade se tornou uma doença, ou estética", afirma.

O procedimento é simples. O balão gástrico é uma prótese de silicone , que é colocada dentro do estômago e que torna o paciente rapidamente saciado quando come ( sensação de plenitude ) . O balão é introduzido por via endoscópica no estômago e não exige internação, nem anestesia, sendo recuperação bem mais rápida."Após o procedimento , a readaptação é feita em casa, com auxilio de psicólogo, nutricionista, professor de educação física e terapeuta", explica o médico Gustavo Carvalho. Durante os seis meses de vida último do balão, espera-se uma redução de 10 a 30 quilos no peso do paciente.A permanência do balão intra-gástrico costuma ser de até 6 meses. O efeito colateral mais comum do procedimento , são as náuseas.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados no final de 2006, em um universo de 95,5 milhões de pessoas de 20 anos ou mais idade, há 38,8 milhões (40,6%) com excesso de peso, das quais 10,5 milhões são consideradas obesas.

Autor:Vitor Lopes.

Fonte:A Gazeta

Obesidade e Diabetes


O dia 11 de outubro foi criado para marcar a luta mundial contra a obesidade. Com a finalidade conscientizar os internautas do site da SBD sobre o tema, o Dr. Alfredo Halpern, ex-coordenador do Departamento de Síndrome Metabólica da SBD, foi convidado a responder as 10 dúvidas mais freqüentes sobre o que é a obesidade e a sua estreita relação com o diabetes.

1. A obesidade é um fator importante para desenvolver o diabetes? Por que?
Sim, pois o aumento do tecido gorduroso, particularmente no abdômen, leva à produção exagerada de substâncias que interferem com a ação da insulina produzida pelo pâncreas.

2. Evitar a obesidade é o melhor caminho para prevenir o diabetes?
Sem dúvida nenhuma, a prevenção da obesidade e o combate ao sedentarismo são as armas mais eficientes para evitar o Diabetes tipo 2.

3. Como sei que estou acima do peso?
Aplique o cálculo do índice de massa corporal (IMC) = peso(kg)/altura(cm)2. Se você tiver mais que 25kg/m2 tem excesso de peso e se tiver mais que 30kg/m2 tem obesidade.

4. Que benefícios ganha a pessoa com diabetes ao prevenir a obesidade?
Emagrecer faz melhorar o controle da sua glicemia e previne (ou ajuda) a controlar a pressão arterial e as gorduras no sangue, entre outros benefícios. E, basicamente, diminui muito o risco de doenças cardiovasculares.

5. Qual a importância do acompanhamento médico para evitar a obesidade?
Depende da propensão que você tenha para a obesidade e dos seus hábitos de vida e da tendência (sua e de sua família) para outras doenças. A princípio, deve-se procurar o médico sempre que a pessoa é diabética.

6. E do planejamento alimentar?
O planejamento (eu prefiro a palavra controle) alimentar é básico para se evitar a obesidade.

7. Sendo obesa, quais problemas a pessoa com diabetes pode desenvolver?
Vai aumentar o risco das complicações do diabetes e da aterosclerose (problemas visuais, dos nervos, impotência, infarto do miocárdio, derrame cerebral, gangrena, entre outros)

8. Com diabetes é mais difícil combater a obesidade?
Não há certeza sobre isto, embora alguns estudos mostrem que pessoas diabéticas têm maior dificuldade para perder peso.

9. Qual o melhor caminho, nesse caso, para combater a obesidade?
Procurar um médico, sempre que tiver diabetes e obesidade. Ele vai orientar a melhor dieta, o planejamento para atividade física e medicamentos apropriados.

10. Todo obeso possui Síndrome Metabólica?
Nem todo obeso apresenta Síndrome Metabólica, mas grande parte das pessoas com obesidade abdominal, mesmo não sendo obesos, apresenta a mesma.

RIO RECEBE FÁBRICA FARMACÊUTICA EM JACAREPAGUÁ

Um dos maiores laboratórios farmacêuticos da França acaba de abrir uma fábrica no Rio de Janeiro. Com 19 Centros Internacionais de Pesquisas Terapêuticas espalhados por todos os continentes, a Servier escolheu o bairro de Jacarepaguá, na zona Oeste da Cidade Maravilhosa, para instalar seu centro de produção. A meta é que a unidade brasileira seja a referência da empresa na América Latina. O governador Sérgio Cabral deu as boas-vindas à empresa, durante a cerimônia de inauguração.

- É mais um investimento. De R$ 80 milhões no primeiro momento e, com a ampliação da fábrica na América do Sul, mais empregos e investimentos. Ao estarmos aqui, próximos à Cidade de Deus, ajudando no combate à violência e criando um clima cada vez maior de segurança, favorecemos essa vocação da região de Jacarepaguá, que é voltada para o setor farmacêutico e para o de laboratórios. Para a gente, como governo, fica essa obrigação de gerar um ambiente cada vez mais favorável para negócios no Rio de Janeiro - destacou Sérgio Cabral.

A Servier é o primeiro grupo farmacêutico independente e está presente em mais de 140 países. O empreendimento em Jacarepaguá abriu 380 novos postos de trabalho diretos. A empresa calcula ainda que cerca de 50 novos empregos indiretos estejam sendo gerados, com um aumento previsto de 10% nos próximos dois anos.

Para a diretoria da empresa, o Brasil é visto como um país fármaco-emergente, fator que corrobora a opinião do ministro da Saúde, José Gomes Temporão:

- Hoje a saúde é, no mundo, uma das áreas mais importantes do ponto de vista de desenvolvimento, de criação de conhecimento, de inovação, de criação de empregos e de riqueza. No caso do Brasil, estou falando de 8% do PIB (Produto Interno Bruto), de 10 milhões de empregos diretos e indiretos e de 70 mil estabelecimentos - listou Temporão.

A filial brasileira irá fabricar, inicialmente, seis medicamentos voltados para os tratamentos de osteoporose, diabetes, cardiopatias, oncologia e depressão. Estima-se que o retorno, em três anos, seja de R$ 290 milhões.

O prefeito Eduardo Paes lembrou que a cidade está de braços abertos para os investimentos:

- Esse é mais um dia de alegria para o Rio de Janeiro. Essa é uma cidade business friendly, amiga dos negócios. Quero que as empresas e empresários tenham a certeza de que terão, do poder público, todo tipo de apoio e respeito para aquilo que for necessário. Agradecemos a Servier pela confiança depositada em nossa cidade - ressaltou Paes.

Também estiveram presentes à solenidade o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, membros da diretoria da empresa e autoridades políticas francesas.

GSK anuncia venda de remédios mais baratos a países pobres

Sábado, 14 de fevereiro de 2009, 10h35 Fonte: AFP

O grupo farmacêutico britânico GlaxoSmithKline (GSK), número dois mundial do setor, anunciou neste sábado as diretrizes de sua nova estratégia para os países em desenvolvimento, que inclui a venda de medicamentos mais baratos.

O diretor da GSK desde maio de 2008, Andrew Witty, afirmou em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian que os grandes grupos farmacêuticos têm a obrigação de ajudar os países pobres e desafiou os concorrentes a seguir o exemplo.

Witty anunciou que em 50 países menos desenvolvidos a empresa reduzirá os preços dos remédios a níveis que não superem 25% das tarifas aplicadas na Grã-Bretanha e Estados Unidos.

Ele afirmou que países como Índia e Brasil devem ter preços de medicamentos mais acessíveis.

Além disso, Witty citou uma "área comum de patentes" que permitiria às indústrias compartilhar conhecimentos protegidos por patentes (componentes químicos, processos), importantes nas pesquisas de doenças raras para que outros cientistas possam aproveitar as informações.

Witty afirmou ainda que 20% dos lucros da GSK nos países menos desenvolvidos serão reinvestidos em seus sistemas de saúde (hospitais, clínicas, pessoal médico).

As organizações humanitárias consideram que as patentes dos medicamentos impedem aos países obter versões genéricas a melhores preços.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Como manter o fígado saudável


Com mais de 500 funções para o prefeito funcionamento do corpo, esse importante órgão tem como um dos seus maiores aliados a alimentação. Confira por que e veja a dica dos especialistas para mantê-lo saudável

Ele fica tão quieto no seu cantinho que mal se nota sua presença. Dizem até que sofre calado, porque demora a dar sinais quando alguma coisa não vai bem. Esse silêncio não reflete toda a importância do fígado para o bom funcionamento do organismo.

O maior órgão interno do corpo é também o que tem mais variedade de funções, cerca de 500, entre elas filtrar o sangue, funções metabólicas, vasculares e uma das mais importantes, de desintoxicação. É ele que vai “limpar” todas as toxinas absorvidas, seja pela alimentação ou poluição ambiental. Essa desintoxicação ajuda a garantir a vitalidade e por isso é fundamental evitar a sobrecarga desse órgão, eliminando ao máximo possível todas as toxinas.

Nesse processo, uma alimentação equilibrada faz toda a diferença para que o fígado continue ajudando a manter o organismo saudável. A má alimentação tem criado geração de obesos, pessoas com colesterol alto e vários tipos de doenças, prejudicando a saúde geral. É bom começar a cuidar com carinho desse órgão ilustre, quase desconhecido, antes que ele deixe de sofrer calado e comece a gritar.

Fonte: Revista dos Vegetarianos Ano 2, Nº 23.

O coração surtou!


Alguns casos de arritmia podem fazer o coração pifar

A máquina, ou melhor, o músculo que bombeia o sangue para o corpo inteiro possui sua própria rede de energia. Graças a esse bem montado sistema elétrico, ele consegue bater na cadência certa, dando conta do seu trabalho e mantendo a circulação. Quando, porém, surge um curto-circuito, o coração perde o compasso — e, assim, deixa de contrair e relaxar com a mesma precisão. É aí que se anuncia a arritmia, uma desordem que não tem idade para se manifestar. Se por vezes ela se mostra inofensiva, outras tantas pode fazer o peito pifar

O alarme soou em terras francesas. Pesquisadores da Universidade de Bordeaux investigaram a relação entre ataques do coração causados por um dos tipos mais avassaladores de arritmia e uma característica de freqüência cardíaca até então considerada normalíssima, a chamada repolarização precoce. Esse leve descompasso de nome complicado, detectado pelo eletrocardiograma comum, se observa geralmente em jovens saudáveis praticantes de esporte. Para surpresa da comunidade científica, ao olhar para 206 pacientes que sofreram uma parada cardíaca notou-se que eles tinham a tal repolarização na juventude

“O trabalho levanta uma nova hipótese: será que a repolarização é uma indicação de que, no futuro, o indivíduo terá arritmias graves?”, diz o médico Gustavo de Lima, do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Os especialistas ouvidos por SAÚDE! ressalvam, no entanto, que, como a pesquisa francesa é a primeira no mundo a fazer essa associação, não há motivo para pânico. “Cerca de 20 a 30% dos jovens têm repolarização precoce em algum momento da vida. O que se deve verificar é se ela é benigna ou maligna”, esclarece José Carlos Pachón, chefe do setor de arritmia do Hospital do Coração, em São Paulo. “Felizmente, a maioria das pessoas apresenta a alteração que não oferece riscos e ela some com a idade”, tranqüiliza.

Para checar se há perigo à vista, pode-se recorrer a exames como o próprio eletrocardiograma, o estudo eletrofisiológico do coração e até testes genéticos. Diagnosticada alguma ameaça pra valer, daí, sim, vale acionar o alerta. O fenômeno, como mostra o estudo, aumenta a prevalência de uma arritmia violenta, a fibrilação ventricular. “Nesse caso, a freqüência cardíaca se eleva tanto que o coração treme em vez de bater”, descreve Carlos Alberto Pastore, do Instituto do Coração de São Paulo. Desgovernado, ele entra em choque e pára.

O que é AVC?


Acidente vascular cerebral. Esse é o nome correto do que os leigos costumam chamar simplesmente de derrame, problema que responde por 10% das mortes no mundo a cada ano.

Aliás, o nome que caiu na boca do povo é apenas um dos tipos desses ataques ao cérebro - o AVC hemorrágico - que nem sequer é o mais comum. Nele, um vaso se rompe e o sangue extravasa alagando uma área da massa cinzenta.

Já no AVC isquêmico, que representa 80% dos casos, acontece algo parecido ao que ocorre no coração dos infartados: uma obstrução de uma artéria bloqueia o fluxo de sangue que deveria irrigar uma determinada região. Mas nos dois tipos o resultado é o mesmo: as células da área afetada morrem, causando diversas seqüelas.

Dependendo do local da lesão, pode provocar desde a morte da pessoa até paralisias, problemas de fala, de visão, de memória, entre outros. Isso é uma realidade para 2/3 dos pacientes que sobrevivem a um ataque desses.

Os estudos mostram que o grupo mais vulnerável a um AVC engloba homens, com mais de 55 anos e histórico familiar da doença. Além disso, os fatores de risco são praticamente os mesmos que estão por trás de um infarto:

• Pressão alta - este o mais importante fator de risco que pode ser modificado

• Cigarro - ele diminui a oxigenação do sangue e lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de coágulos. Em combinação com alguns contraceptivos orais, seu efeito é ainda pior.

• Diabete - a doença lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de placas

• Entupimentos nas carótidas, as artérias do pescoço que levam o sangue ao cérebro

• Problemas cardíacos - a fibrilação, por exemplo, gera um descompasso nas batidas do coração que pode favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente sangüínea, podem ir parar no cérebro.

• Colesterol alto - conhecido formador de placas

• Sedentarismo

• Obesidade

Após dez anos de genéricos, Anvisa defende aumento da venda no país

O presidente da Anvisa afirmou que é preciso maior divulgação dos genéricos por parte dos próprios fabricantes

Apesar de considerar os 18% de participação dos genéricos no mercado farmacêutico um bom desempenho nos últimos dez anos, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo, admite que ainda há desconhecimento e resistência por parte da população na hora de abrir mão do chamado medicamento de referência pelo mais barato.

Em entrevista à Agência Brasil, ele avaliou que a prevalência das marcas sobre os genéricos no Brasil é uma questão "meramente educacional". Dirceu cobrou maior esforço por parte dos médicos na hora de prescrever os medicamentos e também dos farmacêuticos para que, durante o atendimento, façam menção à disponibilidade do remédio mais barato.

"É importantíssimo que o médico, ao prescrever, deixe claro que qualquer um desses dois tipos de medicamento pode atender à necessidade de tratamento. Para que o paciente saiba que tem à disposição medicamentos com a mesma qualidade, eficácia e segurança que o de marca que, na maioria das vezes, custa mais caro."

O presidente da Anvisa afirmou ainda que é preciso maior divulgação dos genéricos por parte dos próprios fabricantes, mas atribuiu a representação de 18% do remédio no mercado farmacêutico ao período de implantação, considerado curto.

Dirceu lembrou que em países europeus e da América do Norte, os genéricos são comercializados há cerca de 30 anos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a venda de medicamentos mais baratos representa 50% do mercado farmacêutico.

"Por ser a cópia de um produto que já existe no mercado, o genérico tem algumas vantagens do ponto de vista econômico também para o fabricante. Não precisa investir em pesquisa, chegar à classe média mostrando suas capacidades terapêuticas."

Ao comentar a resistência de médicos brasileiros a prescrever diretamente o medicamento mais barato, ele afirmou que a situação era pior quando a Lei 9.787 - que dispõe sobre genérico - foi criada, em 10 de fevereiro de 1999. Dirceu garante que o medicamento é equivalente do ponto de vista terapêutico e que tanto o processo de tratamento quanto o resultado final são os mesmos nos dois casos.

Entretanto, a Anvisa adverte que o médico, ao prescrever medicamentos, pode proibir a sustituição do remédio de marca pelo genérico. Mas a proibição só é válida caso haja o aviso por escrito na receita médica.

"Está previsto na lei que o farmacêutico pode fazer a substituição do medicamento prescrito pelo genérico correspondente. É importante que a população aprenda e acostume-se a procurar o farmacêutico. Toda farmácia no Brasil tem que ter farmacêutico à disposição. Se não tiver, o paciente tem que virar as costas e procurar outra", acrescentou.

Dirceu lembrou que os fabricantes de genéricos sobrevivem do vencimento de patentes dos medicamentos de referência e que, para os próximos anos, a previsão é de que novos produtos entrem no mercado farmacêutico brasileiro. Os destaques entre eles são a versão genérica do Viagra e medicamentos para o sistema nervoso central.

por Paula Laboissière (Agência Brasil)
10/02/2009

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Aché Laboratórios anuncia patrocínio ao SP Futebol Clube

O Aché Laboratórios Farmacêuticos deu mais um passo para fortalecer sua marca junto aos consumidores e públicos de interesse. A empresa anunciou, nesta segunda-feira, 9 de fevereiro, patrocínio ao hexacampeão brasileiro de futebol, São Paulo Futebol Clube. Com investimentos de cerca de R$ 4 milhões por um ano de contrato e possibilidade de extensão por mais um, o Aché poderá divulgar sua marca nas camisas de treino do elenco de futebol profissional, nos esportes amadores, estádio, centros de treinamento, além do uso da marca do clube em ações promocionais e de relacionamento.

“Escolhemos o São Paulo pela estrutura que o clube oferece, tanto no Morumbi como nos esportes profissionais e amadores, e a possibilidade de ampliar a visibilidade de nossas marcas”, afirma Júlio Conejero, diretor da Unidade de Negócios MIP do Aché. O executivo explica que a empresa pretende utilizar suas marcas em ações de relacionamento, patrocínios internos, camarote no estádio e exposição em demais dependências do clube. “Existe, nesta parceria, a construção em conjunto, uma boa sintonia e uma relação de crescimento para ambas as partes”.

O patrocínio estreita ainda mais a parceria entre o SPFC e o Aché. Desde 2006, a empresa tem um camarote no estádio do Morumbi, onde recebe convidados nos eventos realizados no local. “Medimos o ganho e o diferencial de ter um espaço corporativo no estádio e tivemos um resultado muito positivo. Acreditamos na força da marca SPFC e na eficiência da gestão profissionalizada do clube, por isso expandimos a relação”, finaliza Conejero.

9/2/2009 15:42:23 - São Paulo

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Marketing e genéricos reduzem ganhos e levam Glaxo a demitir

Nova York - A companhia farmacêutica britânica GlaxoSmithKline informou, após anunciar queda de 7,1% no lucro líquido do quarto trimestre de 2008, que vai cortar mais empregos e custos. O lucro líquido da empresa no trimestre foi de 982 milhões de libras (US$ 1,43 bilhão), em comparação com 1,06 bilhão de libras no mesmo período do ano anterior.

A GlaxoSmithKline teve 517 milhões de libras em despesas legais no trimestre, parcialmente relacionadas a uma investigação federal sobre as práticas de marketing da companhia nos EUA. A concorrência no mercado de genéricos também afetou negativamente o resultado.

As vendas da companhia no trimestre, por outro lado, subiram 15,7%, para 6,91 bilhões de libras (US$ 10,1 bilhões), de 5,97 bilhões de libras um ano antes, ajudadas pelo enfraquecimento da libra ante várias outras moedas. O executivo-chefe da GlaxoSmithKline, Andrew Witty, afirmou que a empresa vai acelerar o programa de corte de custos que já eliminou 8,7 mil empregos durante os últimos 18 meses, ou cerca de 8% da força de trabalho da companhia.

Witty não disse quantos empregos adicionais serão eliminados, argumentando que a empresa quer informar primeiro os empregados e sindicatos. Analistas dizem que mais milhares de vagas podem ser cortadas. Witty reiterou que a empresa não está em busca de uma grande aquisição como a da Pfizer, que comprou a Wyeth por US$ 68 bilhões.

Em vez de grandes acordos, a GlaxoSmithKline vai continuar procurando aquisições de, e alianças com, pequenas empresas de biotecnologia ou laboratórios acadêmicos, segundo o executivo. Witty afirmou que também está estudando pequenas aquisições para impulsionar os negócios da companhia em mercados emergentes e na área de remédios vendidos sem prescrição médica.

Em um movimento surpresa, a GlaxoSmithKline não forneceu projeções para os lucros deste ano, dizendo que não vai mais fazer "estimativas numéricas de curto prazo para os ganhos". Witty afirmou querer que os administradores e investidores se concentrem no desempenho da companhia no longo prazo. A decisão da GlaxoSmithKline se segue a reações negativas do mercado nos últimos dias às previsões feitas pelas farmacêuticas Roche Holding, Novartis e AstraZeneca.

05/02/2009 - 17:02 Fonte: Monitor Mercantil

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A Indústria Farmacêutica e Os Médicos

Pontos de Vista: Dr. Ney Cavalcanti - 08/01/2008 15:42

Desde há muito, principalmente nos últimos anos, tem havido, por parte da sociedade, uma preocupação de regulamentar as relações dos médicos com os laboratórios farmacêuticos. O objetivo é que elas sejam sempre éticas. No Brasil, o órgão responsável, a Anvisa, tem criado uma série de normas e portarias com esta finalidade.

No senado americano está em discussão uma lei, denominada "Raios de luz solar sobre o pagamento dos laboratórios farmacêuticos aos médicos". As indústrias do ramo serão obrigadas a apresentar à sociedade o volume dos gastos despendidos com esta finalidade. O argumento é o de que são gastos bilionários e que são automaticamente repassados ao preço dos medicamentos.

Assim, é a sociedade americana quem está pagando pelas benesses oferecidas aos profissionais médicos. O grande objetivo da indústria é maximizar a venda dos seus medicamentos e o médico é o grande vendedor, com as suas prescrições.

Obviamente, se torna muito importante, para o laboratório, o marketing com estes profissionais. O faturamento com remédios, prescritos nos Estados Unidos, em 2001, foi de 160 bilhões de dólares (8 CPMF). Desta soma, calcula-se que cerca de 20% sejam gastos com os médicos.

Praticamente todos os profissionais de especialidades clínicas e cirúrgicas recebem ações dessa atividade. As formas de agrado à categoria médica são muitas. As mais simples são amostras grátis, pequenos brindes, canetas, blocos etc.

As mais complexas e onerosas são reservadas para aqueles que atendem um grande número de doentes e aos detentores de prestígio junto à comunidade médica ("os fazedores" de opinião). A estes últimos grupos são oferecidas viagens, profissionais ou de lazer, pagamento por consultoria, reembolso, palestras remuneradas etc.

A grande discussão é se esses tipos de relacionamentos são bons ou ruins para o paciente. Afinal, o grande objetivo da medicina deve ser, sempre, o ser humano, o doente. Há inúmeros argumentos de benefícios que esta relação pode produzir.

Em primeiro lugar, novas drogas, algumas delas muito importantes para a melhoria da saúde da humanidade, não poderiam ser lançadas. Afinal, os testes clínicos que precedem os seus lançamentos são realizados por médicos. A indústria também contribui de maneira decisiva para educação continuada. Patrocínio de sites, anúncios em revistas médicas, envio de artigos pela internet, livros, são algumas dessas ações.

Sem a importante ajuda da indústria farmacêutica, mais de 90% dos congressos médicos não poderiam ser realizados. A simples visita do propagandista pode trazer informações úteis.

No entanto, existem também críticas, muitas críticas. Além de aumentar o preço do medicamento, esse tipo de atividade também deve influenciar nas prescrições do profissional. O maior argumento de que isso ocorre são os bilhões de dólares despendidos pela indústria e que não o seriam se isso não acontecesse.

Apesar de estudiosos em Ciências Sociais afirmarem que um presente, mesmo simples, gera um sentimento de gratidão, de dívida, a maioria da categoria médica não acredita que isso ocorra. Mais de 60% dos médicos afirmam que o marketing não interfere nas prescrições.

Ao voltar de uma viagem ao exterior, patrocinado por um laboratório, o médico trocaria a prescrição de seu medicamento por um genérico? As relações dos laboratórios farmacêuticos com os médicos são mais do que necessárias, são essenciais. No entanto, devemos todos, sociedade, indústria farmacêutica e médicos, lutar para que elas sejam sempre éticas.

Insulina pode ajudar no tratamento de Alzheimer, diz estudo


Um estudo feito em parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, sugere que insulina pode ajudar a tratar pacientes com Mal de Alzheimer.

O estudo, publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" afirma que a insulina pode ajudar a proteger células do cérebro que são importantes para a função da memória.

A relação entre a insulina e problemas no cérebro é analisada desde que médicos encontraram provas da atividade do hormônio no órgão.

A pesquisa brasileira e americana analisou os efeitos da insulina em proteínas chamadas ADDLs, que se acumulam em pacientes que sofrem de Alzheimer e causam danos nas células.

Os cientistas pegaram neurônios do hipocampo, uma parte do cérebro com papel-chave na formação de memórias.

Estes neurônios foram tratados com um medicamento chamado rosiglitazona, que é administrado em pessoas que sofrem de diabetes tipo 2 para aumentar o efeito do hormônio nas células.

Depois desta aplicação, as células ficaram bem menos suscetíveis a danos quando expostas à proteína ADDLs, o que sugere que a insulina conseguiu bloquear a ação da proteína.

Para o professor William Klein, da Universidade Northwestern, os medicamentos que aumentam os efeitos da insulina no cérebro podem abrir "novos caminhos" para o tratamento do mal de Alzheimer.

"A sensibilidade à insulina pode diminuir com o envelhecimento, o que apresenta um novo fator de risco para o Mal de Alzheimer", afirmou.

03/02/2009 - 10h47 BBC Brasil

Merck reverte perda e fecha 4º trimestre com lucro de US$ 1,64 bi

SÃO PAULO - O quarto trimestre de 2008 gerou um lucro líquido de US$ 1,644 bilhão para a farmacêutica Merck & Co.. Com isso, conseguiu reverter o prejuízo de um ano antes, de US$ 1,630 bilhão. Por ação, houve lucro de US$ 0,78 ante perda de US$ 0,75.

No ano passado completo, a empresa teve lucro líquido de US$ 7,808 bilhões, acima dos US$ 3,275 bilhões de 2007, ocasião em que registrou despesa de US$ 4,85 bilhões com acordos para dar fim a uma série de ações judiciais referentes à retirada do mercado do anti-inflamatório Vioxx.

As vendas foram menores tanto no trimestre como em todo o exercício de 2008 - somaram, respectivamente, US$ 6 bilhões e US$ 23,9 bilhões, baixa de 3% e 1%, na ordem, perante mesmos intervalos do calendário antecedente.

A Merck reforçou suas expectativas financeiras para o ano de 2009, de receita na faixa de US$ 23,7 bilhões a US$ 24,2 bilhões e de lucro por ação de US$ 2,95 a US$ 3,17.

(Valor Online)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Farmacêutica GlaxoSmithKline planeja demitir 6 mil, diz jornal


Companhia emprega 100 mil pessoas, sendo 18 mil delas só no Reino Unido

A farmacêutica GlaxoSmithKline, a segunda maior do mundo, planeja demitir 6 mil funcionários no mundo todo, informa hoje o jornal britânico Sunday Telegraph. Segundo a publicação, a companhia, que emprega 100 mil pessoas — 18 mil delas só no Reino Unido —, anunciará as demissões na quinta-feira, junto com seu balanço anual.

O corte no quadro de funcionários faz parte da estratégia do presidente e executivo-chefe da empresa, Andrew Witty, de fazer frente aos atuais desafios da indústria farmacêutica, como a crescente concorrência dos fabricantes de medicamentos genéricos.

Um porta-voz da GlaxoSmithKline admitiu que o grupo vai implementar um plano de reestruturação. Porém, se recusou a falar sobre uma eventual demissão em massa.

Turbulência global | 01/02/2009 | 17h51min